quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ameaça...

   A cidade ficava lá... atrás daquelas almas pervertidas pelo vírus que tomou nossa comunidade, que vinha em nossa direção para tentar transformar-nos em marionetes como eles e caso não conseguissem, alimentavam-se de nossas almas, sugavam cada pedacinho de nossas expressões fissuradas pela luta.
Por trás de tudo, estava uma corporação responsável pelo controle cerebral de todos, essa que não sei se havia dominado a todos ou se muitos ali se encontravam por visarem benefícios próprios... mas que benefícios seriam esses? Dinheiro? Paz? Prazer? Atenho-me em responder devido ao meu limitado conhecimento corporativista desses.
Ocorreu tudo muito rápido, tempo esse restringido ao meu piscar de olhos quando, numa calçada, divertia-me com amigos, jogando papo fora. Daí um número grandioso de “agentes” recolheram os que ao meu lado estavam, comigo perguntando-me o que poderia ser aquela desconhecida intrusão. Consegui escapar, por pouco. Havia o som de tiros que desconhecia a origem específica, muitos vinham do norte, outros do sul, a cidade estava um caos. Correndo amedrontado, assim como todos, procurava respostas nas entrelinhas que julgava estarem presentes, mas nada.
Dois dias andando sem rumo e encontrei-me num beco, que aparentava nada esconder. Chegando mais perto pude ver que ele servia de passagem para um esconderijo. Na mesma hora fiquei receoso, pois assim como dizem, “temos medo do escuro por desconhecer o que ele esconde”. Enfim entrei, com todo cuidado para não despertar os imagináveis “monstros” que ali poderiam estar em momento onírico. Sem querer acabo tropeçando numa lata de refrigerante vazia, que provavelmente servia de armadilha para invasores como eu. Com o estrondo que causei, vozes começaram a ecoar por entre os corredores e não demorei a ser capturado.
Dias passaram, estava sob efeito de alguma droga que “abria” minha mente aos computadores do local. Parecia uma maneira de adentrar em meu inconsciente como uma forma de busca visando saber se era ou não ameaça. Acordei e logo fui informado como tudo ali funcionava. Era um tipo de base que acolhia aos “sobreviventes” da cidade, além de abrigar setores tecnológicos e científicos que desenvolviam modelos de toxinas capazes de trazer a memória dos que foram infectados.
Era uma batalha e tanta. Muitos dos nossos foram capturados nela. Vivemos em busca da oportunidade para desmembrar esse “domador de marionetes” e os seus cúmplices de nossa realidade. Às vezes parece não retrocederem, pelo contrário, avançam cada vez mais na busca por controle total dos populares subversos.
A cada dia travamos uma versão, um projétil de batalhas com eles. Os exércitos parecem mesmo equilibrados, o que me leva a pensar onde isso terminará...
Onde isso terminará ainda não sei. Prefiro me abster no momento porque isso pode também significar o nosso término. Objetivo minhas dúvidas em nossa unificação e procuro forças interioranas que nos deem suporte.

E como já disse antes, não sei onde terminará, mas farei qualquer coisa para ver-nos livres da ameaça! 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

(off) Fela "fucking" kuti



Sofrimento, Lágrimas e Sangue

[Fela imita uma sirene de polícia com sua voz]

Hey yeah!

Todo mundo corre corre corre
Todo mundo dispersa dispersa
Algumas pessoas perdem dinheiro
Alguém quase morre
Alguém acaba de morrer
A polícia está vindo, o exército está vindo
Confusão por todo lugar
Hey yeah!

Sete minutos depois
As coisas se esfriaram, irmão
A polícia foi embora
O exército desapareceu
Eles deixam Sofrimento, Lágrimas e Sangue

Sua marca marca registrada!

Eles deixam Sofrimento, Lágrimas e Sangue
Sua marca registrada
É por isso que

Hey yeah!

Todo mundo corre, corre, corre...

Lal la la la
Meu povo tem medo demais
Temos medo das coisas que não vemos
Temos medo do ar que nos rodeia
Temos medo de lutar pela independência
Temos medo de lutar por liberdade
Temos medo de lutar por justiça
Temos medo de lutar por felicidade
Nós sempre temos razões para ter medo

Não queremos morrer
Não queremos nos ferir
Não queremos ser apagados
Não queremos ir
Eu tenho uma criança
Mamãe está em casa
Papai está em casa
Eu quero construir uma casa
Eu construí uma casa
Eu não quero ser apagado
Eu quero me divertir
Eu não quero ir
Ah!

Então o policial vai dar uma tapa na sua cara
Você não fala nada
O militar vai chicotear sua bunda
Você vai parecer um burro
Rodésia cuida do que é seu
Nossos líderes não dão a mínima
África do Sul cuida do que é seu

Eles deixam Sofrimento, Lágrimas e Sangue

Ah, então é assim
O tempo vai passando
O tempo não espera por ninguém
Tipo assim: choo, choo, choo, ah
Mas a polícia está vindo, o exército está vindo
Com confusão
Nesse estilo

[Fela imita uma sirene de polícia com sua voz]

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

(off) Religião

Desde os primórdios da Humanidade os seres Humanos usavam figuras desconhecidas para cultuarem e fazer seus pedidos, tais figuram não serviam unicamente eram tidas como divinas, não por possuírem algum tipo de poder superior (pelo menos não a princípio) mas sim por conta da necessidade que os seres Humanos tinham a necessidade de possuir alguém que os proteja, sejam dos predadores, da fome, do frio e do medo mais sombrio de todos os seres Humanos, a morte.
Tais figuras vem se mostrando cada vez  mais recorrentes  ao longo do tempo, sendo sempre adaptadas para os propósitos de cada povo e pela sua cultura, eis que surgiram cada vez mais figuras com os mais adversos atributos divinos que variam desde o total controle do tempo, a diversão, a capacidade de controlar raios e trovões, a de julgar e beneficiar os justos, a de julgar e punir os injustos (essas duas últimas são fruto da necessidade dos seres humanos de imporem controle entre si mesmo, para que assim possam cada vez mais se afastarem dos seus respectivos estados de natureza hobbiano daí se foi feito o céu e o inferno conceito que será explorado posteriormente) dentre outras divindades, daí surgiram também as mais diversas mitologia como a nórdica, grega, celta, oriental, dentre outras mitologias com as suas respectivas divindades.
É assim e sempre foi, divindades foram e criadas com um proposito único que perdura até os dias de hoje, que é essencialmente, servir aos seres Humanos, não há para onde correr, até hoje tais valores são difundido em todas a religiões da atualidade é só nós repararmos, por exemplo no catolicismo e nas orações como essa:


.Fica cada vez mais evidente tal função à medida que nos deparamos com frases como “livrai-nos do mal”, “venha a nós o vosso reino” (que faz a clara alusão ao conceito de paraíso), até ai tudo bem, se considerarmos que tais divindades servem para fornecer-nos uma sensação de esperança, conforto e segurança contra as adversidades dos destino, porem querer a fornecer uma falsa imagem de perfeição em tais divindades soa como algo forçoso, sendo que, acordado que cada divindade possui um determinado domínio e ou desempenha uma determinada função, qualquer ação e ou fenômeno ruim provocada pelo não desempenho correto de determinada divindade passa a se tornar por consequência um erro desta suposta divindade e por obsequio qual o significado da perfeição, não seria a capacidade de não cometer nenhum erro sequer? Vejamos no diagrama abaixo: 

Tal paradoxo nos leva a um outro paradoxo bastante comum em alguma religiões (como no caso do cristianismo, que é o paradoxo da bondade, sendo acordado que tal divindade cometeu o erro premeditadamente para com a intenção de alguma forma ferir alguém/alguma coisa tal divindade não poderia ser tida como bondosa, pois simplesmente querer ferir alguma coisa/pessoa implica em um ato maldoso que por si só já é o oposto de bondade como tal divindade pode ser considerada boa?